É dito que certa vez, quando Parvati, a esposa de Shiva, estava a banhar-se com as águas do sagrado Rio Ganges, sentindo-se extremamente só devido à constante ausência de seu marido, aproveitou-se do líquido que escorria de seu corpo e insuflou-lhe a vida. Essa extraordinária criança teve a especial atenção de Parvati que lhe ensinou várias artes, inclusive a de guerrear.
Um dia, enquanto Parvati estava em seus aposentos, tendo seu fiel filho como guardião, eis que chega Shiva com seus associados. Como ambos não se conheciam, criou-se um mal estar que culminou em luta. Após um selvagem combate, Shiva cortou a cabeça do rapaz com o seu tridente. Quando a mãe chegou e viu aquela cena dantesca, ficou furiosa com Shiva que, mesmo com mil desculpas, não conseguiu apaziguá-la. Dizem que nessa hora ela ameaçou destruir toda a criação. Assim, o pesaroso marido encontrou uma solução. Ele ordenou que seus seguidores fossem à floresta e trouxessem a cabeça do primeiro animal que encontrassem.
Seus servos voltaram mais tarde com a cabeça de um elefante que possuía uma presa quebrada. Shiva, por meio de seus poderes místicos, ressuscitou seu filho, colocando nela a cabeça do paquiderme. Parvati, um pouco mais conformada, mas ainda não satisfeita, criticou a aparência bizarra de seu rebento, dizendo que desse jeito ele nunca seria solicitado nas cerimônias que envolviam os devas (Deuses) e pediu a Shiva que desse uma benção especial para o garoto - que ele fosse o senhor dos obstáculos (Vighneshuara), que removesse os empecilhos dos empreendimentos, que nada começasse de maneira adequada sem que ele desse suas bênçãos. E assim foi feito.
* Cabeça do Elefante: As grandes orelhas nos sugerem o ouvir paciente e submisso das autoridades, do nosso verdadeiro mestre espiritual.
* Enorme barriga de Ganesha: Estar situado todo o cosmos é íntima relação com Deus. “O macrocosmo está no microcosmo”.
* A Tromba: Vem nos falar sobre discernimento (Viveka). Esse órgão permite ao elefante tudo sentir e tem o poder de derrubar uma gigantesca árvore e, por outro lado pegar um minúsculo alfinete no chão. Assim é o sábio. Ele dirige seus sentidos para onde ele quiser e não é dirigido por eles. Ele tem a real noção de quando ser rígido e quando ser complacente, doce.
* A presa quebrada: Mostra-nos que essa pessoa apresenta dois opostos, tais como frio, calor, homem, mulher, etc. Essa dualidade é típica da consciência material. Ele vê Deus em tudo e tudo em Deus, mas não nos confundamos. O verdadeiro sábio não é um alienado. Ele tem o pé no chão, apesar do outro estar firmemente colocado no seu corpo. Anda-se no mundo, mas não se é dele.
Considerando o Ganesha com quatro braços, veremos que em um deles ele carrega um machado, pois com essa arma que é o conhecimento espiritual, ele cortará os nós dos apegos temporários. Porém, este gordo purânico mantém o apego à pessoa suprema que é mantido, como veremos, em seu outro braço a segurar um laço. Encontraremos também em nosso amigo, uma mão cheia de doces nos indicando que nesse caminho de volta ao pai existe doçura, existe um relacionamento realmente prazeroso.
Finalmente em sua última mão, encontraremos uma mudra chamada Abhaya. Esse mudra, que é um gesto simbólico geralmente feito com as mãos, representa o destemor. Por isso essa palma da mão está nos sendo mostrada, pois como todo bom quiromante sabe, a vida está escrita lá. Ele se refugiou completamente em Deus e não tem nada a esconder pois sua conduta é pura, pois é aquela desejada pelo supremo. Pelo contrário ele tem muito a mostrar para todos nós. Os quatro braços também mostram sua liberdade em vagar por todo os pontos cardeais, sua independência por estar dependente de Deus.
É claro que não esquecemos daquela nem sempre figura postada aos pés de Ganesha. É o famoso Mushika, o transporte do nosso divino paquiderme. Simbolizando a mente com seu voraz e insano apetite, as vezes ele está segurando um doce olhando afetivamente para seu amo como que perguntasse: “- Eu posso?”
O sábio tem total controle da mente, não se deixa levar pelos apetites mundanos.
A pessoa mais espiritualizada oferecerá suas preces a Ganesha visando remoção dos entraves materiais em seu caminho de volta ao supremo. Esse é o modo mais elevado de sua adoração.
Um dia, enquanto Parvati estava em seus aposentos, tendo seu fiel filho como guardião, eis que chega Shiva com seus associados. Como ambos não se conheciam, criou-se um mal estar que culminou em luta. Após um selvagem combate, Shiva cortou a cabeça do rapaz com o seu tridente. Quando a mãe chegou e viu aquela cena dantesca, ficou furiosa com Shiva que, mesmo com mil desculpas, não conseguiu apaziguá-la. Dizem que nessa hora ela ameaçou destruir toda a criação. Assim, o pesaroso marido encontrou uma solução. Ele ordenou que seus seguidores fossem à floresta e trouxessem a cabeça do primeiro animal que encontrassem.
Seus servos voltaram mais tarde com a cabeça de um elefante que possuía uma presa quebrada. Shiva, por meio de seus poderes místicos, ressuscitou seu filho, colocando nela a cabeça do paquiderme. Parvati, um pouco mais conformada, mas ainda não satisfeita, criticou a aparência bizarra de seu rebento, dizendo que desse jeito ele nunca seria solicitado nas cerimônias que envolviam os devas (Deuses) e pediu a Shiva que desse uma benção especial para o garoto - que ele fosse o senhor dos obstáculos (Vighneshuara), que removesse os empecilhos dos empreendimentos, que nada começasse de maneira adequada sem que ele desse suas bênçãos. E assim foi feito.
* Cabeça do Elefante: As grandes orelhas nos sugerem o ouvir paciente e submisso das autoridades, do nosso verdadeiro mestre espiritual.
* Enorme barriga de Ganesha: Estar situado todo o cosmos é íntima relação com Deus. “O macrocosmo está no microcosmo”.
* A Tromba: Vem nos falar sobre discernimento (Viveka). Esse órgão permite ao elefante tudo sentir e tem o poder de derrubar uma gigantesca árvore e, por outro lado pegar um minúsculo alfinete no chão. Assim é o sábio. Ele dirige seus sentidos para onde ele quiser e não é dirigido por eles. Ele tem a real noção de quando ser rígido e quando ser complacente, doce.
* A presa quebrada: Mostra-nos que essa pessoa apresenta dois opostos, tais como frio, calor, homem, mulher, etc. Essa dualidade é típica da consciência material. Ele vê Deus em tudo e tudo em Deus, mas não nos confundamos. O verdadeiro sábio não é um alienado. Ele tem o pé no chão, apesar do outro estar firmemente colocado no seu corpo. Anda-se no mundo, mas não se é dele.
Considerando o Ganesha com quatro braços, veremos que em um deles ele carrega um machado, pois com essa arma que é o conhecimento espiritual, ele cortará os nós dos apegos temporários. Porém, este gordo purânico mantém o apego à pessoa suprema que é mantido, como veremos, em seu outro braço a segurar um laço. Encontraremos também em nosso amigo, uma mão cheia de doces nos indicando que nesse caminho de volta ao pai existe doçura, existe um relacionamento realmente prazeroso.
Finalmente em sua última mão, encontraremos uma mudra chamada Abhaya. Esse mudra, que é um gesto simbólico geralmente feito com as mãos, representa o destemor. Por isso essa palma da mão está nos sendo mostrada, pois como todo bom quiromante sabe, a vida está escrita lá. Ele se refugiou completamente em Deus e não tem nada a esconder pois sua conduta é pura, pois é aquela desejada pelo supremo. Pelo contrário ele tem muito a mostrar para todos nós. Os quatro braços também mostram sua liberdade em vagar por todo os pontos cardeais, sua independência por estar dependente de Deus.
É claro que não esquecemos daquela nem sempre figura postada aos pés de Ganesha. É o famoso Mushika, o transporte do nosso divino paquiderme. Simbolizando a mente com seu voraz e insano apetite, as vezes ele está segurando um doce olhando afetivamente para seu amo como que perguntasse: “- Eu posso?”
O sábio tem total controle da mente, não se deixa levar pelos apetites mundanos.
A pessoa mais espiritualizada oferecerá suas preces a Ganesha visando remoção dos entraves materiais em seu caminho de volta ao supremo. Esse é o modo mais elevado de sua adoração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário